Há doze meses, depois de quatro anos de obscurantismo e descaso com os princípios básicos que marcam a Humanidade – em cena bem retratada por um avião que, levando a bordo o então presidente da república e futuro presidiário Jair Bolsonaro, cruzava a linha do horizonte em Brasília rumo aos Estados Unidos -, o Brasil chegou a 2023 com outro ânimo.
Nas retrospectivas, a primeira data importante do ano foi a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, trazendo Esperança de novos tempos ao povo brasileiro.
Aliás, apesar do ranger de dentes ouvidos nos acampamentos erguidos e mantidos pela extrema-direita diante dos quartéis, o retorno de Lula ao Palácio do Planalto significava o retorno de muita coisa – significava o retorno da preocupação com o bem-estar social, [da preocupação] com o crescimento econômico, [da preocupação] com a soberania nacional, [da preocupação] com à reindustrialização do país, [da preocupação] com a redução dos desníveis sociais e econômicos, [da preocupação] com erradicação da fome, [da preocupação] com recuperação da imagem internacional do Brasil, [da preocupação] com a devolução dos símbolos nacionais ao povo brasileiro, [da preocupação] com a pacificação do País, enfim [da preocupação] com a construção do Brasil desejado pelo ‘Brasil que pensa’.
2023, então, começou sob a égide da Esperança – antessala da luta, das conquistas e das comemorações (sempre atrapalhadas aqui ou ali por inevitáveis decepções).
Mas, não foi bem assim, pois, sem suportar o sorriso e a alegria do povo, a extrema-direita tratou de atrapalhar as boas expectativas e, uma semana depois da posse de Lula, copiando receita desenvolvida pelos seguidores do norte-americano Donald Trump, tentou um golpe de Estado – uma ação fracassada, mas muito elucidativa, pois deixou claro que o pesadelo não tinha ficado para trás.
Aliás, em contraponto à Esperança despertada pela Posse de Lula, o Oito de Janeiro fez ressurgir parte do Medo que acompanhara o País nos tempos de Bolsonaro.
Assim, dando alguma razão à paródia segundo a qual ‘o preço da Democracia é a eterna vigilância’, o Povo brasileiro aprendeu que, enquanto os bandidos puderem fazer da disseminação da mentira um método regular de ação, bolsões golpistas tentarão conspurcar a Democracia e fazer regredir avanços sociais já conquistados.
2023, então, que seria o ano da Esperança, foi contaminado por ameaças que fizeram ressurgir algum Medo.
De qualquer forma, a Esperança representada por Lula tem se mostrado mais forte do que o Medo advindo das ameaças associadas a Bolsonaro.
Que venha 2024!!!
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br