Embora o calendário oficial do TSE estabeleça que as campanhas eleitorais – comícios, distribuição de material gráfico, propagandas na internet e caminhadas – só possam ocorrer a partir de 16 de agosto, os candidatos estão em campo há muito tempo.
De sua parte, afeito às ilegalidades, o presidente Jair Bolsonaro aposentou o capacete (obrigatório pela lei) e, desde muito, vem promovendo motociatas eleitorais por toda a parte, aproveitando-as para destilar raiva e rancor aos adversários, inclusive aos ministros e ao próprio Supremo Tribunal Federal. A campanha está a pleno vapor e, sem realizações nos campos social e econômico para mostrar, a julgar pelo comportamento da ex-ministra Damares Alves (que, neste fim de semana, atribuiu a Lula o ‘incentivo ao consumo de crack’), a turma do Capetão está preparando um grande repertório de Fakenews para detratar os opositores.
Provavelmente, os bolsonaristas vão reabilitar mentiras como a mamadeira de piroca, cartilha de sexo oral, piscinas de ouro, concursos universitários de nudismo e outras invencionices para pegar bobalhões que sempre existem por aí.
De qualquer forma, para dissabor dos governistas, o desgaste de Bolsonaro é muito profundo e, nem sempre, as coisas acontecem como ele quer. Este fim de semana, por exemplo, ao tentar fazer campanha na churrascaria Laço de Ouro, em São Paulo, Bolsonaro foi vaiado copiosamente e saiu corrido sob um sonoro ‘Fora Bolsonaro’.
Este é só o começo.
Os dissabores de Bolsonaro vão crescer até as eleições, em 02 de outubro, quando o Povo brasileiro vai devolvê-lo à planície, onde será alcançado pela Justiça e encaminhado para uma jaula de luxo.