Uma característica dos meliantes, de todos eles, é a cara-de-pau. Não é diferente com o usurpador Michel Temer.
Imagine que, agora, em ousada tentativa de se aproximar do ex e futuro presidente Lula – como se fosse um personagem alheio ao processo e não tivesse sido o responsável direto pelo golpe de 2016, viabilizando os votos necessários para a deposição ilegal da presidente Dilma Rousseff e que, na sequência, gerou as condições que levaram ao governo Bolsonaro -, o traidor e usurpador Michel Temer teve o desplante de opinar sobre a então presidente.
Dizendo coisas que todos sabem, falando sobre Dilma Rousseff, o usurpador disse: “A ex-presidente é honesta. Não há nada que possa apodá-la de corrupta. Ela é honestíssima. Mas houve problemas políticos”. É muita cara-de-pau. Promoveu o recuo do Brasil em 50 anos, anulando e fazendo regredir conquistas obtidas ao custo de suor, lágrimas e sangue por toda a história do país, abrindo e aplainando o caminho para o governo de Jair Bolsonaro e, agora, fala como qualquer um de nós. Claro que Dilma Rousseff é honesta.
Claro que Dilma Rousseff nunca teve nada a ver com corrupção. Claro que Dilma Rousseff é honestíssima, [claro] que o ‘impeachment’ foi por razões políticas e [mais claro ainda] que o golpe não teria ocorrido se não fosse a participação decisiva do então vice-presidente Michel Temer.
Mas, mesmo que alguns finjam o contrário, o mundo sabe quem é Michel Temer.
De todas as reações à petulância do usurpador, a mais significativa foi apresentada pela própria Dilma Rousseff: “Eu agradeceria que o sr. Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade”. Muito bem, Dilma.
Independentemente de qualquer coisa, de pelo menos duas coisas todos têm certeza: Dilma Rousseff foi vítima de um golpe de Estado e Michel Temer usurpou a presidência jogando o país na vala na qual se encontra.