Outro dia, depois de uma destas ‘Marchas para Jesus’ com a participação de milhares de evangélicos, insinuando que Jair Bolsonaro era o próprio Messias, um dos vendilhões da fé disse que a próxima eleição se daria entre o Bem e o Mal, acrescentando já ter feito a sua escolha.
Ao dizer a asneira, o vendilhão quis dizer que, tal como o Cristo, Bolsonaro encarnaria o Bem.
Acontece que Jesus Cristo é paradigma de valores positivos, estando associado ao amor, tolerância, caridade, solidariedade, fraternidade, busca pela justiça e tudo capaz de promover bem-estar, paz, amizade, alegria, satisfação, concórdia, enfim a vida em harmonia e felicidade.
Com Bolsonaro é justamente o contrário. Dispensando qualquer estudo mais profundo, um vislumbre sobre o modo de ser, de falar e de agir de Jair Bolsonaro (compondo aquilo que se chama ‘jeito-Bolsonaro-de-ser’) mostra um perfil completamente diferente daquele atribuído a Jesus Cristo. De fato, além de ser incompetente e estar do lado tenebroso da força, Bolsonaro é arrogante, mentiroso, autoritário, prepotentemente, perverso, insensível, presunçoso, desonesto, preconceituoso, corrupto, egoísta, truculento – uma relação extensa, que inclui a maioria das características negativas possíveis a um ser humano.
Como uma pessoa assim pode ser comparado a Jesus Cristo?
Só alguém muito mal (e mau) intencionado (como são estes pastores de meia-tijela) pode querer fazer esta associação, tentando iludir inocentes com fins eleitorais.
Por tudo que Bolsonaro já fez e mostrou, se a próxima eleição foi entre o Bem e o Mal, ele estará do pior lado.
Da minha parte, já fiz a minha escolha: vou votar pelo Bem e o Bem, seguramente, não é o Capetão.