CHINA AUMENTA PRESENÇA NO QUINTAL DO TIO SAM
A diplomacia dos Estados Unidos tem repertório muito limitado, parecendo dispor apenas das ameaças, boicotes, bloqueios, sanções, retaliações, acordos militares que geram dependências econômicas e políticas, chantagens, invasões e, claro, do velho e conhecido ‘Big Stick’.
Não passa pela Casa Branca, a possibilidade da cooperação e das relações respeitosas.
Embora possa funcionar no curto prazo, a arrogância diplomática norte-americana estimula o ranço e a animosidade, um germe que, mais cedo ou mais tarde, termina por emergir, cobrando respostas nem sempre eficazes.
Em 1960, por exemplo, culminando um processo iniciado anos antes, sob o comando de Fidel Castro, o Povo cubano escorraçou o governo entreguista e corrupto de Fulgêncio Batista. Como não aceitava (e ainda não aceita) negociar com governos sérios e altivos, a Casa Branca não só se recusou a reconhecer o novo governo cubano, mas fez de tudo para derruba-lo, ‘terminando por entrega-lo’ de mãos beijadas à URSS (que, diga-se de passagem, o acolheu em festa).
Coisa muito parecida ocorreu anos mais tarde com a Venezuela.
De fato, ao invés de negociar com o governo de Hugo Chavez – que assumira o governo com proposta séria e anti-corrupção -, a Casa Branca tentou ‘dobra-lo’ com as hostilidades de sempre, terminando por afastá-lo definitivamente e, tal como acontecera com Cuba, o aproximou da Rússia.
Assim como fez com Cuba, o Tio Sam reservou-lhe o mais rigoroso dos bloqueios, tentando forçar a queda do governo não-subserviente.
As coisas não acontecem como querem os Estados Unidos. Na realidade, acontecem de firma inversa. Cuba é um exemplo charmoso de resistência bem sucedida e, agora, em negociações de altíssimo nível, com a participação do embaixador chinês em Caracas, Lan Hu, e do ex-chanceler venezuelano Félix Plasencia, autoridades venezuelanas e chinesas ‘discutem oportunidades de trabalho conjunto com vistas a adotar uma nova carteira de oportunidades de investimentos, especialmente nos setores econômico, turístico e energético’.
Para tristeza da Casa Branca, observadores internacionais afirmam que “a abertura desse novo corredor de investimentos e cooperação entre Venezuela e China promete trazer benefícios mútuos e fortalecer ainda mais os laços entre os dois países, impulsionando o desenvolvimento econômico e a cooperação bilateral”.
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