Demorou muito, mas no finalzinho de Janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concluiu a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida por Sâmia Bomfim contra Carla Zambelli e, por cinco votos a dois, cassou seu diploma de deputada federal e, ainda, a tornou inelegível por oito anos (a partir do pleito de 2022).
Carla Zambelli foi cassada por basear sua campanha nas eleições de 2022 na disseminação de fakenews (conforme o voto do desembargador-relator do processo Encinas Manfré, “Carla Zambelli fez publicações para provocar o descrédito do sistema eleitoral e a disseminação de fatos inverídicos).
Como não poderia deixar de ser, a decisão do TRE-SP atiçou a extrema-direita, a qual, enquadrando o caso na campanha internacional que leva adiante para prejudicar a imagem do Brasil e do governo Lula. esbravejou, qualificando-a como ‘mais um caso de perseguição politica aos democratas do País’.
Além de servir de exemplo e alerta para os parlamentares que fazem da mentira, das falsas acusações e da injúria o seu objeto regular de trabalho, a cassação de Carla Zambelli ainda ajudará a depurar a Câmara dos Deputados, pois tornará sem efeito a eleição dos deputados Tiririca e Paulo Bilynskyj, cujos mandatos foram alcançados com as sobras dos seus votos.
Agora, desprovidos da imunidade parlamentar que o mandato lhes conferia, Carla Zambelli, Tiririca e Paulo Bilynskyj vão responder pelos crimes que respondem na justiça comum e, provavelmente, amargarão pesadas condenações.
Em breve, o sistema prisional brasileiro poderá ter novos hóspedes.
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