Neste memorável 09 de maio de 2025, em reunião da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), dará início o julgamento que deverá condenar a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um crime cometido no âmbito da trama golpista.
De alguma forma este julgamento lembra a parábola do ‘bom ladrão’ citada na Bíblia, que conta a história de Dimas, o ladrão que, tendo Gestas como parceiro de infortúnio, foi crucificados ao lado de Jesus.
O episódio bíblico fala sobre a forma de como, ao contrário de Gestas (o mau ladrão) Dimas agiu nos últimos momentos, tendo feito jus ao perdão de Jesus, a um lugar no Céu e o título de ‘Santo’.
Pois bem.
Guardadas as devidas proporções há uma similaridade entre as duas situações.
Plena de pecados, inclusive da tentativa de homicídio que cometeu na véspera da eleição, Carla Zambelli muito se parece o mau-ladrão Gestas.
De sua parte, embora seja ‘errado’ por natureza, ao grampear e vazar as falcatruas da dupla Sérgio Moro – Deltan Dallagnol para o Intercept, Walter Delgatti foi o responsável pelo naufrágio da LavaJato e, de certa forma, [responsável] pela remissão de Lula e, ainda, ao contar a Deus e ao mundo ter recebido ordens do próprio Jair Bolsonaro para agir sob o comando da Gestas Zambelli, [Walter Delgatti] ajudou a escancarar o plano golpista.
Por tudo que, talvez sem querer, conseguiu produzir, assim como o bom-ladrão Dimas – que embora tenha sido executado por Roma, foi perdoado por Jesus e saiu da crucificação como Santo -, o hacker Walter Delgatti deveria ganhar o perdão presidencial e ser alçado à condição de bem-feitor da sociedade brasileira.
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