Alguns criminosos são muito resistentes ao chamado ‘braço longo’ da Justiça e atravessam os tempos sem serem molestados (pelo menos, molestados como deveriam ser).
É o caso de Jair Bolsonaro, que, embora responda a cerca de 400 ações na Justiça, fora ter o passaporte apreendido, ter sido condenado a pagar uma ou outra multa e ter sido indiciado por um ou outro crime, ainda não foi alcançado por qualquer julgamento mais rigoroso pelos seus crimes maiores – a saber: ter comandado o maior assalto aos cofres públicos da história do País (no curso do programa de desestatização), ser responsável pelo genocídio de quase 700 mil brasileiros por ocasião da pandemia de coronavírus e ter liderado a tentativa de golpe de Estado cujo episódio mais visível ocorreu no Oito de Janeiro, no começo de 2023.
A aparente impotência da Justiça dos homens para dar celeridade às merecidas punições a Jair Bolsonaro contrasta com a rapidez como o mundo animal o julga, condena e pune.
Num processo observado inicialmente no Palácio da Alvorada durante a pandemia – quando, reagindo ao acinte de ver Bolsonaro oferecer-lhes Cloroquina, as Emas presidenciais o atacaram com bicadas, botando-o para correr -, os animais vêm demonstrando não aceitar a sua forma de ser.
Na 6ª feira passada, dia 16 de agosto de 2024, em episódio na Região Metropolitana de Natal, foi a vez de abelhas nordestinas mostrarem descontentamento e sua forma de punir criminosos.
Com efeito, sem qualquer disposição para ouvir as usuais mentiras e besteiras, ao perceber os preparativos de um comício no seu território, um combativo enxame rondou o trio elétrico por diversos minutos até o momento que Jair Bolsonaro se preparou para falar. Fez, então, a sua investida, impedindo Jair Bolsonaro e falar e botando-o para correr. Enquanto corria enxotado pelas abelhas potiguares, Bolsonaro concluiu que precisa tomar mais cuidado com os animais e deve pensar várias vezes antes de aceitar convite para voltar ao Nordeste.
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