Em comentário excessivamente ácido sobre o avanço da Direita em todo o Planeta, a minha amiga Mila Simões de Abreu, do Departamento de Arqueologia da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) responsabiliza os professores, dizendo eles terem sido ‘incapazes de ensinar a juventude a pensar’, privando-a (privando a juventude) do sentimento crítico necessário para ‘separar o joio do trigo’.
De forma objetiva, a professora Mila diz ser impossível a uma pessoa que sabe pensar cair nas mentiras pregadas pelos arautos do egoísmo e do combate à solidariedade e, nos momentos decisivos, escolher o Mal, preterindo o Bem.
Não culpo os professores (claro), mas é super evidente que, por saber distinguir verdades e mentiras, bondades e maldades (ou espertezas) e [distinguir] questões objetivas e superficialidades, as pessoas que sabem pensar (e minimamente distanciadas do Egoísmo extremo) repudiam as propostas enganadoras apresentadas pela Direita.
Acontece que, como alerta a professora Mila, o mundo parece estar esquecendo de como fazer para pensar, preferindo delegar a outros esta ‘tarefa’ (a tarefa de pensar) e cumprir roteiros escritos por outros e [preferindo] se entregar às comunicações rápidas permitidas pela tecnologia em favor da disseminação dos chavões e fakenews que modulam a opinião pública e o comportamento social.
Somados a outras circunstâncias, os fatos aqui observados contribuem para o surgimento de fenômenos sociais como as fortunas acumuladas por pastores religiosos e pelos chamados ‘influencers’.
Não é sem razão que, num pais como o Brasil, tão carente de equipamentos de saúde pública, tenha 597 mil Templos religiosos e apenas 264 mil Escolas e 247 mil unidades de saúde.
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