Nos últimos meses, depois de o presidente Lula demonstrar que o Brasil voltou a ter presidente – especialmente por reafirmar a grande parceria com a China, reassumir o papel que lhe cabe na diplomacia internacional e retomar o processo de crescimento econômico e do desenvolvimento social -, os Estados Unidos ativaram mecanismos de ‘alerta’, que, pelo simples fato de existirem, despertam preocupação no mundo, principalmente naqueles aos quais são dirigidos os olhares do Tio Sam.
Com efeito, cumprindo a fase inicial da peristalse, como quem não quer nada, soltando uma notinha aqui, um comentário ali, alguns veículos da mídia norte-americana começaram a ‘manifestar preocupação com o presidente Lula’, dizendo-o ‘simpático ao comunismo’, ‘amigo da China’, ‘averso ao embargos à Rússia’, ‘perseguidor de oposicionistas’, coisas deste tipo, em típico processo de preparação da opinião pública em justificativa de eventuais retaliações – as quais, como Donald Trump disse outro dia sobre a Venezuela, podem assumir diferentes graus de intensidade, pois, a depender do caso, Tio Sam costuma colocar ‘todas as cartas sobre a mesa’.
Pois bem.
Foi, exatamente, neste quadro que, defenestrado da vida pública no Brasil (pelos seus próprios pecados, diga-se de passagem), se dizendo perseguido ‘pelo aparato comunista de sustentação do governo Lula’, o ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol seguiu para os Estados Unidos.
Podem anotar: nos próximos dias, cumprindo agenda estabelecida e financiada pelo governo dos Estados Unidos (seu patrão desde os tempos da LavaJato), sob os holofotes da mídia e agências de notícias conservadoras, Dallagnol vai empreender um périplo mundial para falar mal do governo Lula, acusando-o de corrupção, esquerdismo, cumplicidade com o narcotráfico e tudo o mais que lhe mandarem dizer.
Se brincar, assim como fez Juan Guaidó na Venezuela, Deltan Dallagnol vai se autoproclamar presidente do Brasil.
Brincadeiras à parte, é bom o Brasil se preparar porque vem chumbo grosso por aí.
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