O governo que não trata a ciência, a tecnologia, a arte e a cultura como elementos estratégicos do desenvolvimento não pode ser considerado ‘um governo preocupado com as próximas gerações’.
É isso que acontece com os governos obtusos, aqueles que são liderados por ogros oligofrênicos.
Aliás, o gosto pelas artes e pelas ciências pode ser demonstrada a partir de gestos, alguns dos quais muito simples, como o comparecimento a um evento ou através de uma nota ou um pronunciamento.
Sem entrar nos meandros das outras atitudes do presidente Bolsonaro, bastaria ele não ter comparecido a entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque e às posses de Fernanda Montenegro e de Gilberto Gil na ABL ou ter patrocinado a indicação do desqualificado Daniel Silveira à Medalha do Mérito do Livro para merecer a desconfiança do mundo cultural.
Enquanto isso, dando provas de elevada formação e de como deve proceder um dirigente civilizado, sem qualquer revide às agressões sofridas de Jair Bolsonaro, o presidente português Marcelo Rebelo visitou a 34ª Bienal de São Paulo, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo – uma edição histórica dedicada aos 200 anos da independência do Brasil, que tem Portugal como Convidado de Honra.
Infelizmente, não há mais como educar o atual presidente do Brasil, mas, como o povo brasileiro fará em 02 de outubro, há como escorraça-lo do Palácio do Planalto.