Os marítimos ensinam que, nos naufrágios, da mesma forma que os ratos são os primeiros a abandonar o navios, o comandante é o último a desembarcar. Além de deixar claro a falta de compromisso dos ratos, a observação destaca a responsabilidade do comandante para com o barco e com tudo nele existente – incluindo cargas, passageiros e tripulantes.
Pois bem. Nos extertores do mandato presidencial, ao invés de agir como o comandante do País, como se fosse um qualquer, Jair Bolsonaro não só está aproveitando as chances de ‘rapar o fundo do tacho’ e dilapidar o patrimônio público enquanto pode – por estes dias, por exemplo, em 22/12/2022, a Petrobrás vendeu a preço de banana o campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, à 3R Petroleum Offshore (empresa controlada por Roberto Castello Branco, ex-presidente da estatal) -, como se prepara para ‘abandonar o barco’ e fugir, deixando, inclusive, de cumprir o ritual da entrega da faixa presidencial ao seu sucessor.
Com efeito, ontem foi confirmada a iminente viagem do ainda presidente Jair Bolsonaro para os EUA, onde talvez imagine estar fora do alcance da lei brasileira.
A julgar pela sua atitude, Bolsonaro nunca foi comandante. É um reles rato.