Reza a sabedoria popular que ‘rei morto, rei posto’. Acontece que a morte do rei nunca ocorre de repente.
Ela [a morte] vem aos poucos, em processo que se confirma pela temperatura do café a ele servido [servido ao rei] (dizem que, ao ver se aproximar o fim do reinado, até o ‘homem do cafezinho’ desaparece para cuidar de outras coisas). Em resumo: no crepúsculo do mandato, o líder fica só, pois os serviçais o abandonam para cuidar da própria vida.
Não acontece coisa diferente com Bolsonaro.
Nos últimos dias, por exemplo, contrariando a submissão canina guardada até agora, a Polícia Federal divulgou a conclusão de inquérito que aponta Jair Bolsonaro como responsável por ‘incitação ao crime’ quando divulgou dados falsos sobre máscaras e vacina da Covid.
Até o PGR Augusto Aras deixou a posição de protetor incondicional de Bolsonaro e pediu que o Supremo Tribunal Federal suspendesse parte do indulto de Natal por ele [por Jair Bolsonaro] concedido.
O Palácio do Planalto vive o clima de fim de festa para a gestão Bolsonaro (e de começo de festa para a administração Lula).
Vale o registro de que, enquanto estimula a esperança das 72 horas no imaginário dos bolsomínions, Bolsonaro assume a condição de rato (que sempre foi) e pensa até em fugir do País.
Como dizem os britânicos: ‘O rei (Bolsonaro) morreu! Vida longa ao rei (Lula)!’