16 de fevereiro de 2024
MALFAZIA USA DINHEIRO PÚBLICO PARA FINANCIAR GOLPISTA
Alexandre Santos
Com a cara-de-pau que lhe é característica, tentando parecer inteligente, o pastor Silas Malafaia explicou que o ato planejado por Jair Bolsonaro para dia 25 de fevereiro de 2024, na avenida Paulista, na região central de São Paul, será custeado com recursos da Associação Vitória em Cristo, que é ligada à Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Muito interessante.
Nunca é demais lembrar que, no Brasil, em função da atividade que exercem, as agremiações religiosas gozam de imunidade fiscal e tributária.
Ou seja, em troca dos serviços religiosos que devem prestar, as Igrejas são dispensadas de pagar impostos. A rigor, a renúncia fiscal que as beneficia é compensada por uma fatia do imposto que todos nós pagamos.
De qualquer forma (sem entrar, presentemente, no mérito se a isenção gozada pélas agremiações religiosas é justa), parece claro que, se quiser fazer jus ao benefício que recebe, as Igrejas não podem deixar de cumprir as atividades que se espera dela ou, mesmo, desviar recursos (que, no fundo, são públicos) para outras atividades.
Na realidade, ao usar recursos da Igreja para financiar uma atividade politica, Silas Malafaia está, não só traindo a confiança daqueles que o imaginam um homem-santo, mas, sobretudo, cometendo peculato, pois está desviando recursos públicos (que deveriam ser usados em atividades religiosas) para financiar atos políticos-partidários.
O desvio de dinheiro público é crime.
Talvez sem perceber, através da isenção tributária desfrutada pela Igreja de Malafaia, a sociedade brasileira vai custear a farra golpista de Bolsonaro e isto não é certo.
O Ministério Público deveria agir rapidamente para impedir o mau uso do dinheiro público e processar Malafaia por peculato.
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