Insatisfeitos com os rumos que o País está tomando (o quê, por si só, é um bom indicador: observe que o torcedor de um time só manifesta insatisfação quando o outro [time] está jogando melhor), o time do atraso e da malvadeza resolveu tentar paralisar o governo Lula a partir da imobilização do Congresso Nacional.
O estopim da medida teria sido a decisão do Supremo Tribunal Federal barrar a imoralidade do chamado ‘marco temporal’ exatamente no dia do fracasso da tentativa de criminalizar o Movimento Sem Terra (a extrema-direita não conseguiu sequer votar o relatório preparado pelo Réulator Ricardo Salles para a CPI do MST).
Com efeito, admitindo a própria incapacidade de fazer o mal que gostariam (de fazer), deputados e senadores do Partido Liberal, Partido Novo e bancadas do boi, da bala e da Bíblia resolveram entrar em regime de obstrução – um artifício legal, incluindo pedidos de vista, recontagem de votos, verificação de quórum e tudo o mais capaz de complicar e retardar o funcionamento do poder legislativo e, com isso, gerar intranquilidade e, em consequência, perturbar o governo Lula.
Na realidade, a despeito de ter justificado a decisão com base em discordâncias com o Supremo Tribunal Federal e anunciar preocupação com o avanço da agenda de costumes que marca o tempo corrente – casamento de casais do mesmo sexo, consumo recreativo de drogas, interrupção da maternidade, etc. -, a instabilidade buscada pela extrema-direita parece querer criar as condições políticas necessárias para a retomada de um processo golpista.
É nesta perspectiva que surge a PEC propondo a revisão da decisões do STF pelo Congresso Nacional.
Não há dúvidas de que, sem descartar o patamar já atingido, a extrema-direita está empenhada nos preparativos de uma nova tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Todo cuidado com aquele pessoal é pouco.
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