A crise comendo no centro – fome, desemprego, desabrigo, endividamento, produção paralisada, inflação crescente, etc. – empurrando o Brasil para estágios mais profundos do inferno e, como se não tivesse nada a ver com a situação, Jair Bolsonaro continua a agir tal qual o louco que quer atear fogo no hospício.
Nestes últimos dias, colocando mais lenha na fogueira, Bolsonaro usou a linguagem dos maníacos e, depois de ajuizar uma ação no STF contra o ministro Alexandre de Moraes por abuso de autoridade “levando-se em conta seus sucessivos ataques à Democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos garantias fundamentais” (parece piada), [Bolsonaro] defendeu o uso de armas de fogo “para garantir a democracia no país”.
Com o olhar incandescido dos lunáticos, repetindo coisa já dita pelo capitão Porciúncula a mercadores da morte, Jair Bolsonaro disse “A arma de fogo, além de segurança para as famílias, é segurança para nossa soberania nacional e a garantia de que a nossa democracia será preservada. Não interessa os meios que um dia porventura tenhamos que usar.”
Mais claro, impossível.
Vamos precisar muita coragem, muita paciência e, sobretudo, muito espírito cívico para enfrentar aquilo que vem pela frente nestes próximos seis meses.