Em certos círculos, o dito popular que recomenda ‘não catucar a onça com vara curta’ se traduz como ‘não fustigue um ministro do Supremo de forma irresponsável’ (especialmente se ele for Alexandre de Moraes).
Pois bem.
Por estes dias, depois de ver negado pelo ministro Alexandre de Moraes o acesso à delação do TC Mauro Cid, chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro – “por haver amplo acesso garantido, pois a tramitação é pública e se pode obter as cópias das mídias e de documentos impressos armazenados na Corte” -, os advogados do ex-ministro e atualmente prisioneiro Braga Netto foram surpreendidos pela divulgação do depoimento por ele prestado [prestado por Mauro Cid] em 28 de agosto de 2023 no âmbito do acordo de delação premiada.
Foi aí que a m… virou boné, pois o tiro saiu pela culatra.
Com efeito, no depoimento de colaboração premiada, o Mauro Cid revelou detalhes da trama golpista, não só implicando de vez o antigo ministro da defesa Braga Netto, mas também revelando a participação de atores até agora ‘submersos’.
Sem papas na língua, o ex-ajudante de ordens falou sobre a ala mais radical do movimento golpista, incriminando a então primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro – “Michelle e Eduardo eram os que mais incitavam o ex-presidente a agir contra a democracia”, acusou Mauro Cid, lembrando que os golpistas falaram de um suposto “apoio popular e dos CACs” (Colecionadores, Atiradores e Caçadores).
Trazidos para o olho do furacão, agora Michelle e Eduardo Bolsonaro têm muito o que explicar sobre a trama golpista e não será surpresa se, juntamente com o primo Índio, tiverem os nome incluídos na próxima lista de indiciados no inquérito da intentona de oito de Janeiro de 2023.
Família que trama unida, permanece unida…
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