A motosserra de Javier Milei está em ação.
Com pouco mais de quinze dias à frente da Casa Rosada – preservados os interesses dos ricos -, Milei já deixou claro que pretende destruir a classe média da Argentina e que, como Bolsonaro fez com o Brasil, envergonhar o seu país perante o mundo.
Aliás, ninguém poderá acusar Milei de ter enganado seu povo, pois, com um ou outro ajuste, vem fazendo exatamente aquilo que prometeu em campanha.
Sobre este ponto, vale esclarecer que, se, neste começo de mandato, não conseguiu dolarizar a economia (por falta de dólares), pelo menos a bananalizou (bananalizou a economia), autorizando o uso de bananas e de outras moedas exóticas para pagamentos.
Atitudes como esta e outras, como o aumento de 500% nas tarifas dos transportes públicos e [como] a prometida demissão de 7.000 funcionários do governo, estão acirrando os ânimos e levando muitos dos seus eleitores ao arrependimento precoce.
Para quem acompanha a situação de longe, está claro que, de forma acelerada, a Argentina está se transformando num caldeirão prestes a explodir.
O povo nas ruas, os panelaços, as conversas de pé de ouvido, as conspirações (especialmente aquelas estimuladas pela direita civilizada’): tudo leva a crer que Javier Milei terá mandato curto, abrindo caminho para a vice-presidente Victoria Villarruel e antecipando movimentações mais ousadas do grupo de Maurício Macri.
A situação da Argentina é pior do que parece.
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