Por razões decorrentes da sua aversão às regras, os amantes do liberalismo costumam agir no limiar da legalidade (ou limiar da ilegalidade) ou na ‘para-legalidade’ (também conhecida como ‘quase-ilegalidade’) e por isso, seus conflitos com a lei não são coisa rara.
Esta condição fica mais clara quando a observação ocorre na extremidade direita do espectro político, onde a permissividade auto-atribuída por aquele pessoal costuma, inclusive, enveredar no campo da Economia – ambiência que passa a funcionar como abrigo e estufa para todos os tipos de espertalhões e descuidistas.
Na realidade, pela vontade dos liberais, a Economia não teria regras e, além de reino dos mais poderosos, seria uma espécie de paraíso dos espertos.
Nesta perspectiva, como contraponto óbvio deste modo de pensar e de agir, a extrema-direita se apresenta como ambiente naturalmente acolhedor das ações judiciais que tentam coibir as espertezas e as ilegalidades tentadas pelos que agem no limiar da legalidade.
Esta é a razão de tantos militantes do liberalismo terem problemas com a Lei.
Agora, sem causar qualquer surpresa, chega a notícia de que a líder da extrema-direita francesa está às voltas com a justiça e deverá, inclusive, perder as condições jurídicas de disputar as próximas eleições.
Com efeito, nesta 2ª feira, dia 31 de março de 2025, um tribunal francês condenou Marine Le Pen, presidente do partido National Rally (RN), por apropriação indébita de fundos da União Europeia.
Como em todos os outros casos, talvez por não reconhecer as leis, a líder da extrema-direita da França acusa promotores de buscarem sua ‘morte política’ e alega haver uma conspiração para manter seu partido longe do poder.
Se confirmada a condenação, alem de cinco anos de prisão (sendo dois em regime fechado) e multa de 300 mil euros, a meliante ficará proibida de disputar eleições ou ocupar cargos públicos por cinco anos.
Le Pen não é diferente de qualquer outro dirigente da extrema-direita e, por desrespeitar regras e leis, deve ser impedida de participar do jogo Democrático, sob pena de colocar em risco as regras de convívio necessárias às sociedades.
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