Os tempos de Bolsonaro serão lembrados de diversas formas – pelo negacionismo científico, que contribuiu para a morte de quase 700 mil brasileiros pela Covid 19; pelo Genocídio dos Yanomamis; pela corrupção no programa lesa-pátria de desestatização; pelas inúmeras tentativas de golpe para se perpetuar no poder; pelo fortalecimento das milícias através da política armamentista; pela política externa desastrosa; pelas agressões aos mundos da arte e da cultura.
Enfim, Bolsonaro vai ser lembrado por muita coisa ruim, inclusive por ter tentado implantar um Estado policialesco com a vigilância ilegal das pessoas, violando-lhes direitos individuais e coletivos.
Com efeito, segundo ampla reportagem do jornal o Globo (não refutada por nenhuma das autoridades da época), ainda nos primeiros meses do governo Bolsonaro, monitorando os telefones celulares pelo sistema ‘FirtsMile’ desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, a Agência Brasileira de Inteligência (ANIN) levou adiante um programa secreto para monitorar a localização das pessoas consideradas ‘inconvenientes’.
A arapongagem do governo Bolsonaro pode custar alguns dissabores ao hoje deputado Alexandre Ramagem, que, pelo visto, nos seus tempos de diretor-geral da ABIN, estimulado pela gangue do ‘gabinete do ódio’, rastreava os passos de todos os oposicionistas.
Quem diria, além das outras taras, Bolsonaro também é voyeur.