No exercício da Democracia, por ocasião das eleições, as pessoas, então investidas na condição de cidadãos, indicam os caminhos que, no seu entender o governo deve trilhar para melhor representar os interesses seus e da comunidade.
Na realidade, além de ser portadora de defeitos trazidos desde o berço (na Grécia Antiga, as mulheres e os escravos não podiam votar e serem votados), por definir interesses muito vultosos, a Democracia é alvo de muitas manipulações – não só o seu exercício, mas, também, os processos de escolha, envolvendo o discurso dos candidatos e o despreparo dos eleitores.
Em outras oportunidades, já falamos das outras fragilidades dos componentes da Democracia, neste momento, vamos tratar do despreparo do eleitor, especialmente daquele que exerce a cidadania com irresponsabilidade, colocando em risco a própria Democracia.
Aliás, seja por ignorância, por despreparo, por má-fé ou qualquer outra razão, talvez sem saber aquilo que está em jogo nas eleições, muitos eleitores tratam os pleitos com completa irresponsabilidade não só consigo, mas, também [com completa irresponsabilidade] com a comunidade da qual faz parte e com as próximas gerações.
Acho que, eventualmente, por ser obtuso e [para não se auto-deprimir], alguns eleitores acham que a coisa publica pode ser exercida pelo mais-idiota e votam em candidatos como Pablo Marçal, Abílio Bruni ou André Fernandes.
Outros, talvez por não saberem identificar a origem dos males que acometem a comunidade na qual vivem, dizem que votam em gente como Jair Bolsonaro (responsável pelo desmonte dos programas sociais federais e pelo programa de desestatização mais corrupto da história do País), Sebastião Melo (responsável pela enchente que submergiu Porto Alegre por vários meses) e Ricardo Nunes (responsável pelo black out que escureceu São Paulo por vários dias).
Da mesma forma que os candidatos aventureiros, ao exercer a cidadania de forma irresponsável, os eleitores despreparados também comprometem a Democracia.
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