E aconteceu o inesperado.
Pelas mãos do Brasil, os Estados Unidos ampliaram o embargo imposto à Venezuela, negando-lhe o ingresso nos BRICS.
Pode parecer incrível, mas, inaugurando uma fase diplomática mesquinha, aprofundando uma crise que sequer devia ter começado, o Brasil se insurgiu contra a vontade da China e da Rússia e, com a mesma argumentação desenvolvida pela Casa Branca (e que, conforme mostram todos os indícios, um dia vai ser usada contra o governo Lula), a representação brasileira colocou um veto ao ingresso da Venezuela e convenceu a 16ª Cúpula dos Brics, reunida em Kazam, a excluir a Venezuela da lista de possíveis parceiros do bloco – uma atitude que, além de ampliar as dificuldades do governo de Nicolas Maduro, vai privar o BRICS (um bloco que já reúne 45% da população mundial e 35% da economia global) da companhia do país detentor das maiores reservas mundiais de petróleo.
Na cúpula da Rússia, entre outros assuntos, os BRICS vão apreciar a possibilidade de incluir novos membros – os países-candidatos são Cuba, Bolívia, Belarus, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
Países importantes, mas que não agregam ao bloco a força econômica da Venezuela.
De qualquer forma, sem acreditar na desfeita preparada pelo Brasil, atendendo a convite da Rússia, o presidente Nicolás Maduro chegou a Kazan para participar da Cúpula na condição de observador.
Ainda há tempo para o Brasil rever sua posição e, dando sua contribuição para fortalecimento dos BRICS, sair deste episódio mais engrandecido.
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