Vítima contumaz dos embargos norte-americanos, Vladimir Putin sabe da importância da União como arma de resistência contra a opressão daqueles que se julgam poderosos.
Talvez esta seja a razão do empenho como o Kremlin cultiva a aproximação com países de ‘segunda linha’ (pelo menos, aos olhos dos Estados Unidos e Europa Ocidental), como, por exemplo, os países do Sahel.
Nestes dias de Cúpula dos BRICS, em Kazan, Vladimir Putin deu mais uma prova deste sentimento, quando – ao contrário de Lula, que, em raro momento de prevalência do fígado sobre o cérebro, orientou o veto ao ingresso da Venezuela no bloco – brindou o presidente Nicolas Maduro com as maiores homenagens.
Com efeito, com plena consciência da importância estratégica da imensas reservas petrolíferas do Vale do Orenoco, em cordial encontro com Maduro ocorrido ontem (23/10/2024), Vladimir Putin afirmou que “a Venezuela é um antigo e confiável parceiro da Rússia na América Latina e no mundo em geral, e está sendo desenvolvida uma cooperação mutuamente benéfica em todas as áreas”.
Putin sabe o alcance das suas palavras.
Infelizmente, neste momento de grandes decisões, parece que Lula preferiu ficar ao lado de quem há poucos anos, com olhos crivados no petróleo das camadas pré-sal, estimulou um golpe de estado no Brasil.
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