A reação do ministro Ciro Nogueira e do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira de atacar os institutos de pesquisas que apontam a provável vitória de Lula já no primeiro turno das eleições presidenciais tem o claro propósito de manter a animação dos bolsonaristas, os quais, em atitude completamente desconectada da realidade, teimam em jurar uma fantasiosa ‘ampla dianteira’ de Jair Bolsonaro.
Aparentemente, a posição dos dirigentes da turma do Capetão, somando sua voz à [voz] do próprio Bolsonaro (que insiste afirmar vitória no primeiro turno com 60% dos votos), não visa gerar ambiente favorável ao golpe de Estado sonhado por Bolsonaro – projeto que parece abandonado por absoluta falta de apoio.
Como toda pessoa minimamente bem informada, os líderes maiores da Turma do Capetão sabem que Bolsonaro já atingiu o teto do seu potencial eleitoral (cerca de 30% dos votos) e a basófia visa manter o engajamento dos bolsonaristas na campanha.
O objetivo é eleger uma grande bancada de parlamentares conservadores, garantindo espaço para a extrema direita, para outros nichos e, claro, para os ‘despachantes de luxo’ tão necessários para manter os interesses por eles defendidos.
Isto deixa claro que, em seu governo, Lula precisará enfrentar a oposição da bancada bolsonarista advinda da votação ‘casada’ com Jair Bolsonaro.
Não será tarefa fácil conviver com aquele pessoal, mas Lula é talentoso o suficiente para ‘fazer a caravana passar enquanto os cães ladram’.
Inferno seria aguentar Bolsonaro mais quatro anos.