Embora (graças a Deus) não acometa a todos os bolsonaristas e bolsomínions, o Bolsonarismo é uma espécie de infecção disseminada pela turma do Capetão, que tem entre seus mais destacados sintomas a visão paranoica da realidade e a manifestação, em diferentes níveis de intensidade, das características de Jair Bolsonaro, incluindo a violência.
Estes sinais vêm se manifestando com maior clareza nestes dias que antecedem as eleições de 02 de outubro, quando, com uso de fakenews escandalosos, o bolsonarismo leva pessoas a não acreditarem nos indícios que apontam a inevitável derrota de Bolsonaro e a usar violência contra quem não concorda com a para-realidade que imagina acontecer.
Este comportamento tem gerado situações perigosas, ilegais e que devem ser reprimidas antes que provoquem males irreparáveis.
Ontem, por exemplo, as notícias de que, no interior de São Paulo, um entrevistador do DataFolha foi agredido por um eleitor de Bolsonaro insatisfeito com o resultado das pesquisas e que, no bairro de Casa Amarela, no Recife, um apartamento foi metralhado porque exibia uma bandeira da campanha de Lula dão conta do perigo ao qual a sociedade está exposta.
O medo causado pela truculência dos bolsonaristas explica a reserva cautelosa adotada pela maioria dos eleitores de Lula.
Há quem diga que, com poucas alternativas, a turma do Capetão decidiu usar o Medo como método para forçar a abstenção dos eleitores de Lula e, com isso, impedir a derrota de Bolsonaro já no primeiro turno. Pode ser.
De qualquer forma, o simples fato de admitir usar o medo para enfrentar a alegria e a esperança indica que Bolsonaro não está à altura das necessidades, dos desejos e dos sonhos da sociedade brasileira.