As campanhas eleitorais são épocas especiais, marcadas por muitos fenômenos, inclusive pela presença dos chamados ‘políticos bissextos’ – aqueles [políticos] que só aparecem de quatro em quatro anos para pedir o voto do eleitor.
Passado o período eleitoral, tal qual o dia 29 de fevereiro, [os ‘políticos bissextos’] desaparecem para só retornar na próxima eleição com as promessas e agrados ao eleitor.
Os eleitores deveriam repudiar os ‘políticos bissextos’ e considerar apenas o voto nos candidatos de presença permanente na vida da comunidade.
Excluída a possibilidade do voto nos bissextos, a importância das campanhas eleitorais estaria minimizada, pois, na prática, ao se fazer presentes, os políticos estariam permanentemente em campanha, dispensando propagandas de última hora e criando a possibilidade de os eleitores fazerem escolhas antecipadas baseadas no histórico do candidatos.
Em resumo, os políticos deveriam agir como se estivessem permanentemente em campanhas eleitorais, dando o melhor de si naquilo que se propõem.
Vejam, por exemplo, o caso do presidente Lula, que não para de anunciar coisas boas para o Povo, de lançar programas e projetos. Habituada às campanhas tradicionais e parecendo apreciar o comportamento desrespeitoso dos ‘políticos bissextos’, uma jornalista conservadora chegou a afirmar que o presidente Lula precisava ‘desligar o modo-eleição’.
De sua parte, em nítido contraste com o presidente, Jair Bolsonaro limita a sua ação política às reclamações, aos insultos, às mensagens subservientes ao presidente dos Estados Unidos, às bravatas, às farras (coisas que, aparentemente, esgotam o portfólio das suas habilidades e talentos).
De qualquer forma, cada um escolhe aquilo que acha melhor para si.
Tem gente que prefere um feixe de capim a um prato de feijão.
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