Decidido a alcançar o galardão de Imperador Mundial, pouco preocupado com as preocupações dos líderes europeus e, aparente e momentaneamente, esquecido do plano de açambarcar a Groenlândia, Donald Trump demonstra ter concentrado atenção na usurpação das riquezas da Ucrânia.
Agindo como se tivesse firmado algum acordo de partilha com Vladimir Putin, como aconteceu na Conferência de Potsdam entre Josef Stalin e Harry Truman (coisa que não acredito), alegando que os Estados Unidos precisam recuperar os US$ 350 bilhões (ele já disse que foram US$ 500 bilhões) investidos na segurança da Ucrânia, Trump quer entregar a exploração das riquezas minerais daquele país às empresas norte-americanas e começou a ‘comunicar’ sua decisão aos antigos parceiros, já tendo se encontrado pessoalmente com o presidente francês Emmanuel Macron, com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e com o títere ucraniano Volodimir Zelenski.
Não se sabe detalhes do assuntos tratados por Trump com os líderes da França e do Reino Unido (informações vazadas dão conta que, falando como um banqueiro-pirata, o presidente dos Estados Unidos concentrou as conversas nos aspectos financeiros da guerra e disse, claramente, que assumiria os minérios como parte do ressarcimento das inversões norte-americanas na Ucrânia), mas, por aquilo que se viu na transmissão ao vivo do encontro no Salão Oval com Volodimir Zelenski, as conversas com Emmanuel Macron e Keir Starmer não foram muito amistosas.
Na realidade, o desdém dedicado à OTAN, a forma como se porta sobre a Ucrânia e a forma como se refere aos antigos entendimentos da Casa Branca com os europeus já deixaram claro a profunda modificação nos laços que subordinavam a Europa aos Estados Unidos.
Pelo sim ou pelo não, o presidente Emmanuel Macron ofereceu o arsenal nuclear da França para proteger Europa (a França possui o quarto maior arsenal nuclear, atrás dos Estados Unidos e Rússia – que concentram 90% das cerca de 12 mil ogivas nucleares existentes -, e da China).
Está claro que a Nova Ordem Mundial instalada abruptamente pela ganância dos Estados Unidos reserva posição de menor destaque à Europa.
Bem feito. Quem mandou acreditar em quem não merece crédito.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br