No dia 30 de dezembro de 2022, ainda como presidente da república, Jair Bolsonaro fugiu do Brasil no avião oficial em direção aos Estados Unidos, onde fixou residência nos arredores de Orlando.
Em função da deserção (um crime que, em tempos de guerra, pode ser punido com a pena capital), [Bolsonaro] não participou de qualquer das solenidades de posse do novo governo.
Aliás, tendo orientado seus ministros e auxiliares a não facilitar a transmissão de funções, Bolsonaro (e os bolsonaristas) parece não reconhecer o governo Lula.
Na realidade, a julgar pelo comportamento que vem tendo nos Estados Unidos – comparecendo a uma espécie de cercadinho para dar autógrafos, mantendo presença regular nas redes sociais e divulgando ‘medidas presidenciais’ (na 3ª feira, dia 03/01/2923, em post aberto com a manchete ‘Governo Bolsonaro anuncia’, ele falou sobre “a redução de 38,9% na tarifa da hidrelétrica Itaipu, que proporcionou uma economia de R$ 9 bilhões na conta de luz dos brasileiros”) -, Bolsonaro pensa que está no exercício de uma espécie de governo no exílio.
Não duvidaria se Jair Bolsonaro se auto-proclamasse ‘Presidente da República no Exílio’, pedisse o reconhecimento de Juan Guaidó e, do seu ‘palácio’ na Flórida, passasse a agir como desejam os bolsonaristas e bolsomínions espalhados por aí. A loucura é grande.