Um grupelho – que, em proporções variáveis, mistura malucos e espertalhões mal (e mau) intencionados – vem criando um mundo paralelo baseado em mentiras.
Nestes últimos dias, em pequenas matérias e reportagens de ampla repercussão especialmente nas redes sociais e grupos de WhatsApp, tomei conhecimento de coisas inacreditáveis (pelo menos, a alguém minimamente bem informado) como, por exemplo, que não havia bandeiras nacionais na posse de Lula; que os militares tinham se recusado a participar da posse e não estariam prestando continência ao ‘presidente comunista’; que quem, de fato, a partir da própria residência, estaria governando o Pais era o general Augusto Heleno; que, já preparando o retorno, Jair Bolsonaro estaria despachando normalmente do seu auto-exílio na Flórida; um monte de maluquices.
Esta situação não faz bem, pois compromete a sanidade psicológica da população e o funcionamento da Democracia.
Embora nada se possa fazer quanto aos loucos, a legislação em vigor permite a imposição de limites aos espertalhões.
Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão das redes sociais e a retenção dos passaportes dos jornalistas-mentirosos Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo Filho (da Jovem Pan), os quais, entre outros crimes, são investigados pela disseminação de fakenews e divulgação de discursos antidemocráticos e de ódio.
Além de conter os mentirosos, o ministro tem o objetivo de apurar o financiamento das milícias digitais e dos atos antidemocráticos e a ‘fonte original’ das fakenews por eles espalhadas.
Os inventores de para-realidades precisam responder por suas irresponsabilidades ilegais.
A punição àqueles que fazem o Povo de besta e, sobretudo, atentam contra a Democracia deve ser dura o suficiente, não só para desestimular incidências e reincidências, mas, principalmente, para retirar os criminosos de circulação por longos períodos.