O Rio de Janeiro está em guerra. O estopim da violência parece ter sido a morte de um certo Matheus da Silva Resende, vulgarmente conhecido como Teteu ou Faustão, em confronto com a Polícia Civil numa favela de Santa Cruz, na zona oeste da cidade.
Acontece que o tal Tetéu era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga (também chamado de Zinho, líder do principal grupo miliciano do Rio de Janeiro) e segundo na hierarquia do bando.
Pronto!
Em reação à comemoração do governador Cláudio Castro (que festejou a morte do sobrinho Tetéu com um “O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado”), Zinho resolveu tocar fogo na cidade. Só ontem foram incendiados 37 ônibus e um trem da SuperVia na zona oeste do Rio de Janeiro.
É evidente que, impulsionado por muitos fatores (incluindo a permissividade e cumplicidade ostensiva durante o governo Bolsonaro), as facções criminosas e as milícias prosperaram, especialmente nos últimos anos, chegando a constituir Estados paralelos ao Estado oficial (mais ou menos com o Hamas atua dentro da Faixa de Gaza).
Esta situação é inaceitável.
Para a sociedade viver em paz, o crime organizado precisa ser extirpado do seu seio.
Isto, no entanto, deve ser feito dentro da legalidade e segundo padrões mínimos de civilidade e de humanidade.
Não [fazer] como faz o governo de Benjamim Netanyahu, que, para combater o Hamas, bombardeia a Faixa de Gaza, matando milhares de civis inocentes.
A sorte dos cariocas é que, mesmo insensível e incompetente, o governo do Rio de Janeiro não vai jogar bombas na população civil para atingir um punhado de criminosos.
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