SOBRE O FIASCO DO BANCO CENTRAL PRIVATIZADO
Já há muito tempo (acho que desde que foi criado) o Banco Central foi privatizado. Isto quer dizer que, desde a sua criação, o BC tem sido controlado pelos bancos privados e pelos banqueiros. Agora, com Bolsonaro, no entanto, cumprindo um velho sonho dos liberais, o governo resolveu escancarar a situação e deu ao BC à independência, criando uma espécie de enclave autônomo no qual quem manda são os banqueiros (e, não o Povo brasileiro). E, aí, o liberalismo fez a festa: implantou o reino da liberdade que permitiu os investimentos internacionais do presidente Roberto Campos e o abuso das técnicas monetaristas de perversidade. Embora Roberto Campos tenha escapado das denúncias (graças à cumplicidade de parlamentares submissos), o uso abusivo do monetarismo começou a fazer água. No âmbito interno, acossados pelo arrocho salarial próprio do sistema, os funcionários entraram em greve, provocando sérios prejuízos no funcionamento do BC, incluindo a suspensão dos boletins e comprometendo os preparativos para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária. No âmbito externo, apesar de ter corroído o mercado interno (para conter o consumo) o uso abusivo das técnicas monetaristas não conseguiu frear a inflação. Em resumo: a independência do Banco Central vem se revelando desastrosa. O liberalismo aguçado pelo golpe 2016 vem prejudicando o Brasil em todas as frentes.