Há algum tempo – em artigo publicado neste blog, comentando sobre a hipocrisia das autoridades ‘ocidentais’, sobretudo as norte-americanas, que, sem dar um pio sobre a fome dos miseráveis (só no Brasil, são 33 milhões de famintos), falam no comprometimento da segurança alimentar por conta da guerra no Leste Europeu -, comentei que a fome no mundo não é consequência de problemas vinculados à produção de alimentos e, sim, de falta de renda: quem tem dinheiro come, quem não tem [dinheiro] não come e pronto.
Simples assim.
Na ocasião, apresentei a ideia de que, mantida a produção de alimentos nos níveis atuais, a superação d de a fome no mundo poderia ser alcançada pela criação de um mecanismo capaz de garantir a renda necessária à aquisição das refeições pelas pessoas.
Sugeri, então, a criação de uma renda mínima para todos os miseráveis a partir de um fundo administrado pela ONU com recursos aportados pelos países ricos.
Esta renda mínima de caráter mundial seria a fórmula mágica para erradicar a fome no Planeta. Para aqueles falam da inexistência de recursos suficientes para o propósito, sugiro observar os orçamentos destinados à guerra.
Neste primeiro ano de guerra no Leste Europeu, por exemplo, a dinheirama jogada pelo governo dos EUA na indústria da morte seria suficiente para superar a fome do período.
Os países ricos precisam abandonar a hipocrisia e dar passos concretos no sentido da erradicação da fome.
Que a ideia da renda mínima de caráter mundial prospere e a fome seja superada definitivamente.