É hoje. Dia 11 de agosto. O dia no qual – ao invés do tradicional ‘pendura’ como os estudantes de Direito comemoravam o aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil – a sociedade brasileira vai manifestar a sua preocupação com as contínuas ameaças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro à Democracia.
Durante o dia, em manifestações por todo o País, serão apresentados três manifestos – um iniciado pela USP, outro [iniciado] pela FIESP e outro, ainda, [iniciado] pela OAB -, que já contam com a subscrição de mais de um milhão de brasileiros – refletindo a voz de artistas, intelectuais, empresários, profissionais liberais, líderes sociais e políticas -, inclusive da maioria dos candidatos à presidência da república.
Em atitude compatível com suas palavras e obras, Bolsonaro rejeitou todos os manifestos pela Democracia, preferindo deprecia-los com a referência de ‘cartinha’ (o mesmo diminutivo que usou para referir-se à pandemia de Coronavírus, por ele chamada de ‘gripezinha’ e que já matou quase 700 mil brasileiros).
Quaisquer que sejam os autores e objetivos originais, os manifestos ganharam vida própria e, hoje, com nome associado à ‘Carta às Brasileiras e Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito’, constituem um movimento histórico em defesa da democracia tão importante como foram as ações de resistência durante a ditadura militar no Brasil, cujo propósito é salvar o Brasil da sanha golpista do presidente Bolsonaro.
Enquanto isso, como celerado que é, Bolsonaro tenta contrapor a vontade da Nação com uma natimorta ‘carta pela liberdade’, que, no fundo, defende uma surreal liberdade de conspirar contra a Democracia.
De qualquer forma, a esta altura, o mundo sabe que, apesar da vontade golpista do Capetão Bolsonaro, a sociedade brasileira rejeita suas ameaças à Democracia e, destaque-se, também rejeita o jeito-Bolsonaro-de-ser.
Viva a Democracia!!!