Por estes dias, atiçadas pela tardia percepção da realidade que confirma o descaso embutido no processo de desestatização das empresas públicas, muitas entidades representativas dos Engenheiros se apressaram em firmar posição contrária à decisão da Eletrobrás de nomear o advogado Robson Campos para a vice-presidência de engenharia de expansão da empresa.
Embora importante, a reação é politicamente inócua e, em muitos casos, tem sabor das coisas feitas ‘para inglês ver’.
De fato, diante da enormidade do crime lesa-pátria representado pela privatização da administração da Eletrobrás (um modelo criminoso que, afrontando inclusive o direito de propriedade, aparta o Estado nacional de exercer o mando correspondente aos 43% das suas ações), a designação de um diretor é um, digamos, ‘pecado menor’.
Aliás, na Eletrobrás privatizada, o objetivo da vice-presidência de engenharia de expansão (e de qualquer função administrativa) é ‘ampliar o lucro a qualquer custo’.
Não seria a presença de um engenheiro no cargo que alteraria a lógica das empresas privadas.
Assim, a grande luta na qual o sistema Confea-CREA e as entidades representativas das Engenharias devem se empenhar é a reestatização da Eletrobrás e a recuperação do patrimônio público dilapidado na esteira do golpe de 2016 pelos (des)governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Os engenheiros brasileiros de todas as categorias profissionais devem cerrar fileiras na reestatização e defesa das empresas estatais estratégicas para o crescimento econômico, para a soberania nacional e para o bem-estar do povo brasileiro.
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