Com propaganda descontraída e sem qualquer referência ao rastro de miséria no qual estruturam os seus negócios, por todo o país, leiloeiros anunciam a venda de imóveis e de veículos semi-novos pelo melhor lance.
Estes negócios traduzem uma das tristes facetas da relação das pessoas com os bancos – organizações que, embora atuem dentro da lei, cumprem jornadas inseridas no vasto campo das imoralidades e das ilegitimidades.
Com efeito, praticando taxas de juros escorchantes, com semblantes, inicialmente amistosos e marcados por largos sorrisos e que, ao tempo que se aproximam as estocadas mortais, se convertem em carrancas assustadoras, os bancos se aproveitam das necessidades das pessoas, emprestam-lhes dinheiro e, depois exaurem-lhes as finanças e açambarcam-lhes dinheiro, bens e, se possível, a própria vida.
Legítimos representantes do mais ortodoxo capitalismo liberal, os banqueiros costumam estigmatizar os defensores das propriedades coletivas ou aqueles que as querem a serviço de todos, acusando-os de ‘invasores de propriedade’, escondendo que, na realidade, eles próprios são os grandes ‘expropriadores’.
Com efeito, amparados em contratos leoninos, escritos com as letras miúdas das bulas dos bio-tóxicos, de forma impiedosa, os bancos executam as dívidas, fazendo valer regras escritas por eles próprios, ficando cada vez mais ricos e deixando os outros cada vez mais pobres.
Não sem razão a sabedoria popular afirma que abrir um banco é crime mais prejudicial do que roubar um deles.
Se puder, fique longe dos bancos, pois, um dia, eles vão roubar o seu dinheiro.
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