Em sua edição de hoje, a Folha de S. Paulo apresenta uma ‘denúncia gravíssima’ – um mondé envolvendo, claro, os ex-ministros Paulo Guedes e Adolfo Sachsida, no qual, embora minoritária com apenas 1,3% do capital total, a 3G Radar (fundada por Pedro Batista de Lima Filho e Mario Cunha Campos e sócio da 3G Capital Partners, do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira) dá as cartas na Eletrobrás.
Esta ‘proeza’ se deve ao famoso modelo ‘corporation’ criado por encomenda do programa de desestatização para a privatização da Eletrobrás, que, mirando o governo federal, veda a ‘qualquer acionista ou grupo de acionistas, independentemente de sua participação no capital social, exercer o direito de voto com mais de 10% das suas ações com direito a voto’.
Ou seja, embora seja o sócio majoritário, com 43% das ações, o governo federal tem influência mínima nas decisões da Eletrobrás.
O mondé foi tão bem urdido que, se quiser fazer recompras para ampliar sua participação acionária, o governo federal pagará mais caro pelas ações. Um absurdo!!!
Não é sem razão, portanto, que a Advocacia Geral da União (AGU) apresentou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para dar ao governo federal poder de voto proporcional à sua participação na companhia.
Os mais experientes sabem que, no horizonte mais distante, a intenção do governo Lula é fazer como fez a França, que, depois de verificar o fracasso da privatização da EDF ocorrida há 18 anos, reestatizou a companhia, em processo concluído na última 5ª feira, dia 08 de junho.
A privatização da Eletrobrás foi mais um dos crimes cometidos pelo governo Bolsonaro que precisa ser desfeito.
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