Entre os indicadores usados pela grande mídia para aferir o chamado ‘humor do mercado’ – e, junto com ele, fazer algum juízo de valor sobre conjuntura a ele associada – estão o índice da bolsa de valores e a cotação do dólar.
Quando o ‘mercado’ (eufemismo usado pela grande mídia para designar os grandes especuladores do mercado financeiro) está satisfeito e, portanto, ‘bem humorado’, a bolsa sobe e o dólar cai.
Quando, ao contrário, está [o mercado] insatisfeito, externa seu descontentamento pela redução do volume de negócios na Bolsa de Valores e na elevação da cotação da moeda norte-americana.
Pois bem.
No finalzinho da noite da 2ª feira, 13/11, ao falar na recepção dos repatriados de Gaza, o presidente Lula aproveitou para alfinetar o governo de Benjamim Netanyahu, a quem acusou de promover terrorismo tão cruel como o Hamas teria praticado em 07 de novembro, e [alfinetar] os Estados Unidos, a quem acusou de boicotar iniciativas de paz no Conselho de Segurança da ONU.
A reação inicial da grande mídia foi de antipatia ao discurso do presidente, insinuando um vendaval de críticas ao ‘comportamento anti diplomático de Lula’.
Mas, fora uma ou outra manifestação da comunidade judaica, as reações adversas ficaram restritas aos comentaristas de sempre e não atingiram setores importantes da sociedade.
Na realidade, o tira-teima da fala de Lula veio ao final do expediente bancário do dia seguinte, quando foram divulgados seus resultados. Por incrível que possa parecer, o índice da Bolsa de Valores cresceu 2,12% e a cotação do dólar baixou ao patamar dos R$ 4,78.
O que terá acontecido? O ‘mercado’ passou a concordar com Lula? Ou (como eu acho) o tal ‘humor do II mercado’ tem a ver apenas com os interesses imediatos dos especuladores?
De qualquer forma, as coisas ditas por Lula vêm sendo repetidas por toda a parte, indicando que os governos de Benjamim Netanyahu e de Joe Biden são carniceiros e merecem a atenção do Tribunal Penal Internacional.
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