O desespero causado na Casa Branca pela tardia percepção da falência do modelo unipolar – surgido pela debacle da URSS e com o qual parecia habituada – e da emersão de um sistema multipolar é uma das causas da guerra do Leste Europeu e da sua [dos EUA] intempestiva tentativa de fazer ressurgir o clima de guerra fria que marcou o pós-guerra (mundial).
Com efeito, o espantoso crescimento econômico da China e surgimento de iniciativas como o BRICS parecem ter assustado o governo dos Estados Unidos, que – vendo o Dólar perder terreno e [vendo] rearranjos diplomáticos articulados fora da sua esfera de influência – [o governo dos EUA] tenta, além de estimular uma guerra desnecessária para criar negócios lucrativos para a sua indústria bélica, [tenta] satanizar a Rússia, criando um regime maniqueísta segundo o qual ‘quem não está ao nosso favor, está contra o bem e o bom’.
Neste embalo, os Estados Unidos lideram boicotes e embargos de todas as naturezas contra a Rússia.
A organização da última Copa do Mundo, por exemplo, em atitude copiada de (e por) outros círculos, excluiu a seleção russa e, por conta disso, foi um campeonato capenga.
Na realidade, ao invés de ‘anular’ a Rússia, este comportamento está criando um ‘outro mundo’ integrado por países que não seguem à risca a cartinha ditada pela Casa Branca.
Por estes dias, em sinal de grande dinamismo, a Rússia realizou o XXVI Foro Económico Internacional de San Petersburgo, cujo tema é ‘Desarrollo soberano, la base de un mundo justo’, com a participação de 17.000 convidados de 130 países.
Pois é.
Graças ao medo dos Estados Unidos, ao invés de estar unida e poder contar com a participação de todos na busca de soluções para os seus problemas, a Humanidade está sendo dividida em dois mundos, num processo que, se as coisas acontecerem segundo o meu gosto, vai fracassar para dar lugar a um esquema multipolar, no qual a unidade poderá ser alcançada através do convívio das diferenças.
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