Um velho adágio afirma que o encontro dos ‘muito bobos’ com os ‘muito espertos’ resulta em grandes negócios.
Esta máxima não contraria o princípio de que ‘um negócio só é bom se for bom para todas as partes envolvidas’ porque, de tão boba, a parte eventualmente lesada, não se sente enganada pelo esperto e, diga-se de passagem, se, após o tal negócio, ainda lhe restar algum dinheiro, sempre está pronta e disponível para outros ‘grandes negócios’.
Na realidade, a dinâmica que leva os tolos a serem explorados pelos espertos obedece a uma espécie de masoquismo, um impulso incontrolável de natureza psíquica, através do qual, criando uma zona de conforto, transfere a responsabilidade pela sua situação àquele que o explora, dando-lhe (dando aos tolos) justificativas para muitas tolices.
Este tipo de comportamento é encontrado com frequência nos ambientes religiosos, onde, mesmo sabendo (ou, pelo menos, duvidando) estarem sendo enganados, fiéis se esmeram em pagar dízimos que receberão uso indevido por pastores inescrupulosos.
Este comportamento também é frequente na política, onde, mesmo conscientes das esparrelas já vividas, eleitores repetem o voto e eternizam a presença de bandidos em cargos de comando e decisão.
Vale o registro que, de tão espertos, os vivaldinos estão sempre aprimorando os sistemas de exploração.
Agora, por exemplo, acompanhando a evolução do sistema bancário, os oportunistas incorporam o Pix ao cardápio das formas de pagamentos, agilizando a transferência dos valores.
De tão prático, o Pix chegou ao mundo da política e, agora, ampliando o portfólio da exploração, além do voto, os espertalhões da política estão criando uma espécie de dízimo para os eleitores-bobos.
De fato, inaugurando novo sistema de exploração dos tabacudos, há alguns meses, alegando ‘’condenações injustas’ impostas pela Justiça, a deputada Carla Zambelli lançou uma campanha e os valores arrecadados pelo Pix lhe permitiram fazer um passeio na Coréia do Sul. Depois veio o espertalhão Deltan Dallagnol, que, igualmente alegando ‘condenações injustas’, arrecadou uma bolada e, devidamente estribado, viajou para os Estados Unidos. Agora é a vez do próprio Jair Bolsonaro, que, também alegando ‘condenações injustas’, lançou a sua própria campanha de Pix.
Assim como concluíram os pastores há tempos, os políticos espertos também descobriram o filão dos seguidores-bobos sempre dispostos a aderir a uma campanha de Pix.
Observe que o engajamento neste tipo de campanha, não só afere o nível de alienação daqueles que engordam as contas bancárias dos vivaldinos, mas, também, comprova o descaramento dos espertalhões em recorrer a todos os métodos para sugar recursos dos bobocas que neles acreditam.
Cuidado com os bandidos que pedem Pix. Se está com dinheiro sobrando, basta olhar em volta para ver algum verdadeiramente necessitado.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br
Conheça o Canal Arte Agora
www.youtube.com/c/ArteAgora