Sempre que me foge da compreensão a forma absurda como amigos bolsonaristas dizem disparates, eu procuro investigar as suas fontes de informação e, via de regra, encontro alguma igreja neopentecostal ou a rede Jovem Pan de comunicação.
Com efeito, amparados em modelos de formulação libertina, pastores substituem Cristo e Paneleiros escamoteiam a verdade para fazer do seu ofício um instrumento de disseminação de mentiras, colocando em risco, não apenas a saúde psico-social dos seguidores, mas, também, [colocando em risco] o mérito de princípios como a chamada liberdade de informação.
Afinal de contas, por melhor que seja a intenção do princípio, ninguém tem o direito de evoca-lo para mentir de forma deslavada e induzir as pessoas a cometer erros e colocar em risco a vida e valores com a Democracia.
Mas a impunidade dos mentirosos parece estar chegando ao fim.
No âmbito das igrejas evangélicas, um movimento de pastores comprometidos com Cristo e com a Democracia passou a combater os espertalhões que usam a Bíblia para proveito próprio.
De sua parte – considerado especialmente o engajamento dos programas ‘Os Pingos nos Is’, ‘3 em 1’, ‘Morning Show’ e ‘Linha de Frente’ em campanhas golpistas e de desinformação -, o Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública pedindo não só o pagamento de indenização no valor de R$ 13,4 milhões por danos morais coletivos, mas, também, o cancelamento das três outorgas de radiofusão concedidas à rede Jovem Pan.
É cedo para qualquer especulação sobre proposta do Ministério Público Federal, esta seria uma depuração necessária, um primeiro passo da longa caminhada que o País precisa percorrer até o estabelecimento da Liberdade de Informação.
Que a Jovem Pan e todos aqueles que fazem da mentira irresponsável um instrumento de lesar o interesse popular paguem pelos seus pecados.
E paguem caro.
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