As Palavras são plenas de significados – Significados próprios e significados a elas atribuídos pela sociedade.
Aliás, é esta condição que dá substância aos processos de manipulação criados a partir do seu emprego (emprego da Palavra).
Isto ocorre, não apenas através do estelionato linguístico – situação caracterizada pelo uso de uma Palavra para designar significados distintos daquele definido no vernáculo (com fins espúrios) -, mas também por muitos outros meios.
De fato, ao usar uma Palavra, além do vocábulo, os manipuladores podem aproveitar o significado a ela associado para ‘contaminar’ o contexto.
E, assim, os manipuladores modulam o significado, a profundidade, o alcance e, mesmo, a intensidade das coisas ditas e escritas.
Quando, por exemplo, um texto se refere a alguém como ‘professor’, automaticamente a mente daquele que isso lê ou ouve evoca imagens associadas à Palavra, vinculando-o a características positivas, como sabedoria, experiência, dedicação e tudo o mais creditado aos mestres.
Se, no entanto, a referência for a um termo carregado de referências pejorativas como, por exemplo, ‘bandido’, as imagens evocadas serão igualmente negativas, vinculando-o a características como desonestidade e tudo o mais creditado aos canalhas.
Esta possibilidade pode receber incrementos de esperteza para ampliar o efeito pernicioso da manipulação.
Muitas vezes, antes de usar certas Palavras, os manipuladores atuam sobre elas próprias [sobre as palavras escolhidas], apensando-lhes características alheias à sua natureza, adaptando-as aos propósitos que pretendem atingir.
Observe o efeito exercido pelas palavras Venezuela e Cuba depois do desgaste a elas impingido nas frases ‘Vai para a Venezuela’ ou ‘Vai para Cuba’, que são usadas com frequência pelo pessoal orientado por ensinamentos de Steve Banner.
Não sem razão a grande mídia se refere aos presidentes da Rússia e da Venezuela como ‘ditador’, ao presidente de Cuba como ‘líder comunista’ e aos militantes das organizações palestinas como ‘terrorista’.
Nestes casos, como em tantos outros, sem qualquer preocupação com a veracidade ou com a pertinência das informações, as palavras ‘ditador’, ‘comunista’ e ‘terrorista’ são deliberadamente empregadas para debilitar a imagens de líderes desafetos dos Estados Unidos.
Não age com seriedade o veículo que procede assim. Alguém lembra ter visto o presidente dos Estados Unidos ser tratado de ‘líder capitalista’ ou o terrorista Benjamin Netanyahu ser referido como ‘terrorista’? Considerando a forma criminosa como os manipuladores tratam a Palavra, o consumo do noticiário foi convertido numa forma de lavagem cerebral, se constituindo em arma da qual deve se ter muito cuidado.
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