Oriunda de castas antigas, fincadas em tradições que remontam à Idade Média e que passam por Casas inscritas nas mais tenebrosas páginas da história, a turma do Capetão – da qual, naturalmente, Jair Bolsonaro é a maior expressão política – carrega um DNA intimamente vinculado a costumes medievais e práticas corsárias.
De fato, a cada instante, por pensamentos, palavras e obras, aquela turma mostra quem é, de onde veio e para onde deseja ir.
Aliás, um dos costumes mais corriqueiros por ela praticado é o descuidismo – a prática de se assenhorar de coisas pertencentes a outrem, usando-as como se suas fossem até que, pela naturalidade e pela constância como o fazem, incorporam a situação ao panorama do dia-dia, levando todos a aceitar o esbulho como fato consolidado e a reconhecer a sua condição de ‘proprietário’, esmagando eventuais protestos das partes lesadas.
Assim foi, por exemplo, no caso das ‘rachadinhas’, quando, agindo como mafiosos que de fato são, durante muito tempo, os Bolsonaro’s açambarcaram parte do salário dos servidores dos seus gabinetes.
Atualmente, os casos mais notórios desta prática são o uso imoral (e, provavelmente, ilegal) do orçamento nacional como verba de campanha pelo presidente Jair Bolsonaro (é assim que devem ser reconhecidos os ‘pacotes de bondades’ válidos até 31/12) e a apropriação indébita dos símbolos nacionais para usá-los como marca do movimento conservador brasileiro.
Isto é tão grave que, no Rio Grande do Sul, a juíza Lúcia Todeschini Martinez, titular do cartório de Santo Antônio das Missões e Garruchos, afirmou que a bandeira do Brasil virou um símbolo eleitoral de Jair Bolsonaro, proibindo a sua exibição para não configurar campanha antecipada.
De tão arrogante, a turma do Capetão não admite contestação. Mas, da mesma forma que os salários dos servidores esbulhados com as ‘rachadinhas’ pertecem apenas a eles (aos servidores), o orçamento público e os símbolos nacionais pertencem ao Povo brasileiro.
Este roubo precisa acabar.
Queremos aquilo que é nosso e não apenas de uma minúscula parte da sociedade.
Ainda bem que o reinado dos ímpios e desonestos está no fim.