O discurso pronto e acabado de grande parte dos politicólogos trata o Congresso Nacional como a ‘Casa do Povo’, dizendo-o uma amostra da sociedade.
Não me parece que seja assim.
Na realidade, quaisquer que sejam os critérios da análise, o Congresso brasileiro está longe de representar a brasileira – não só do ponto de vista da composição (raças, credos, preferências, rendas, seguimentos sociais, etc.), mas, também, dos interesses e preocupações.
De fato, o Congresso brasileiro não representa a população, exibindo número insignificante de negros, de indígenas, das religiões minoritárias, dos ateus e agnósticos, de iletrados, além de completa ausência de pobres e miseráveis (que compõem a maioria esmagadora da população).
Na realidade, o Congresso é uma casa de ricos e daqueles que, como se fossem despachantes de luxo, os representam [representam os ricos].
Não será diferente a partir de hoje (01/02/2023), com a posse dos 513 deputados federais e dos 27 senadores eleitos em 02 de outubro do ano passado.
Aliás, além de manter o descompasso numérico, a composição do Congresso Nacional, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado, é majoritariamente conservadora e reacionária.
Nas eleições de outubro, apesar de o Povo ter optado por um presidente da república progressista, consagrou o Congresso que destoa dos interesses populares e, seguramente, vai constituir grande empecilho para a restauração de direitos e conquista de avanços sociais.
Na realidade, a excessiva presença de parlamentares golpistas e de representantes dos interesses menores das elites egoistas indica a necessidade do constante aperfeiçoamento da Democracia.
Que o Povo aprenda com o processo, defenda a Democracia dos golpistas e, nas próximas eleições, saiba escolher parlamentares mais comprometidos com às necessidades e interesses populares.