Em paralelo ao mundo natural – terras, montanhas, vales, rios, mares, trovões, tempestades, climas, vida, morte, sentimentos, ares, espaço, estrelas e tudo o mais – criado por Deus, há um mundo artificial – estradas, ferramentas, equipamentos, edifícios, obras d’arte, energia, torres de transmissão, barragens, veículos de transporte, óculos e telescópios e tudo o mais – criado pela Engenharia, uma arte que tem nos engenheiros os agentes mais destacados.
Assim, é com a responsabilidade de ser um parceiro menor da obra de Deus que os engenheiros precisam exercer protagonismo na vida social, ampliando a sua contribuição ao bem-estar das coletividades, seja propondo e executando projetos específicos, seja opinando sobre caminhos que julguem melhor para a sociedade. Pois bem.
Neste momento tão conturbado da história do Brasil, no qual a própria Democracia está ameaçada, os engenheiros precisam juntar a sua opinião àquelas já apresentadas por profissionais de outras categorias, exercendo o protagonismo que se espera dos ‘construtores do mundo que vivemos’.
Da minha parte (e falo com a responsabilidade de presidir o Clube de Engenharia de Pernambuco, uma entidade centenária, que participou da construção de grandes obras e momentos da história recente do País), reafirmo o nosso compromisso com a luta pela preservação da Democracia, pela retomada do Crescimento Econômico e pela reconquista da Soberania Nacional.
Neste momento, isto significa dar apoio ao sistema eleitoral adotado no País (que, diga-se de passagem, de alguma forma, retrata uma pequena contribuição da Engenharia ao aperfeiçoamento das apurações) e a condenação a toda e qualquer iniciativa golpista.
Para superar as dificuldades vividas atualmente, o Brasil precisa valorizar a capacidade de escolha do seu Povo, deixando-o manifestar a sua vontade livre de pressões e ameaças.
Viva a Engenharia!!! Viva a Democracia!!!
Alexandre Santos – presidente do Clube de Engenharia de Pernambuco