Embora não seja sua exclusividade, uma das características das pessoas situadas na faixa Direita do espectro político é a baixa empatia.
De fato, consequência direta do extremo egoísmo que as caracteriza, em condição tanto mais intensa quanto mais extrema for a sua posição (a extrema-direita oferece os casos mais notáveis), os conservadores e reacionários não têm a menor capacidade de ‘se sentirem no lugar dos outros’, sendo incapazes de imaginar a situação de alguém sem comida, sem casa, sem roupa, sem assistência, sem esperança.
Daí, por exemplo, o descaso dos conservadores e reacionários com as políticas públicas de bem-estar social, em atitude que beira a crueldade.
Não é outra a explicação da frase ‘bandido bom é bandido morto’ ou o desdém dos conservadores e reacionários com as preocupações esquerdistas com o respeito aos direitos humanos das pessoas (incluindo, claro, da população penitenciária).
Pois bem.
Por estes dias, em função do justo e necessário combate aos crimes contra Democracia perpetrados pela extrema-direita, cerca de mil envolvidos na tentativa de golpe de Estado estimulado, planejado, financiado e orquestrado pela Turma do Capetão (um número ainda em crescimento) foram presos e encaminhados ao complexo penitenciário da Papuda, nos arredores de Brasília.
Repentinamente (embora, revelando completa irresponsabilidade, muitas se sintam injustiçadas), estas pessoas se viram na condição de ‘bandido’ e de ‘presidiário’, passando a viver o Inferno das Cadeias, tema que tanto atormenta aqueles preocupados com os Direitos Humanos.
Será que os golpistas presos continuam a achar que ‘bandido bom é bandido morto’ ou que ‘presos não devem ter qualquer direito’.
Estas pessoas estão aprendendo sobre a importância dos direitos humanos da pior forma possível.
A sociedade espera que experiências como esta ensinem a extrema-direita a respeitar a Democracia e, se possível, a desenvolver um nível mínimo de Empatia para, assim, adquirir condições de viver em coletividade.