Há poucas horas, dando mais um passo na luta contra o golpismo instalado no Brasil neste últimos anos, o procurador-geral da República Paulo Gonet denunciou Jair Bolsonaro e outros 33 golpistas envolvidos no processo referido genericamente como o Oito de Janeiro.
Na reca dos denunciados, estão Ailton Gonçalves Moraes Barros (capitão que comandou a falsificação do cartões de vacinação de Bolsonaro); Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência); o almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça de Bolsonaro); o major Angelo Martins Denicoli (xeleléu do general Pazuello); general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro); coronel Bernardo Romão Correa Netto (chefe do núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe); Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (autor das fakenews contra as urnas eletrônicas); coronel Cleverson Ney Magalhães (ex-oficial do Comando de Operações Terrestres); general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército); coronel Fabrício Moreira de Bastos (autor da carta golpista); Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor de Bolsonaro; Fernando de Sousa Oliveira; subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues (responsável pelo monitoramento de opositores políticos de Bolsonaro); tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida (ex-comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia); tenente-coronel Hélio Ferreira Lima; policial federal Marcelo Araújo Bormevet (chefe da Abin paralela), coronel Marcelo Costa Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); general Mario Fernandes (lanejou as mortes de Lula, Alckmin e Moraes); Marília Ferreira de Alencar (ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça); tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro); general Nilton Diniz Rodrigues; Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho; general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (ex-comandante do Exército); tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira; coronel Reginaldo Vieira de Abreu; tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo; tenente-coronel Ronald Ferreira de Araujo Junior; tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (chefe do núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral); Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal); general Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Defesa); e o policial federal Wladimir Matos Soares, policial federal (planejou as mortes de Lula, Moraes e Alckmin).
É uma lista grande, mas, todos sabem, incompleta.
A denúncia, encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes (relator da investigação no Supremo Tribunal Federal), enquadra os golpistas nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, dano qualificado com violência e deteriorização contra o patrimônio tombado – um conjunto de pecados que pode render-lhes até 43 anos de prisão.
Agora, cumprindo o rito previsto no código penal, o STF vai aceitar a denúncia e iniciar os procedimentos que levarão ao julgamento e, inevitável, condenação dos golpistas
Assim: SORRIAM, pois, até o final do ano, nos termos da lei, Jair Bolsonaro estará na condição de condenado e, devidamente, recolhido ao sistema prisional brasileiro.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br