Neste mundo marcado pelas campanhas de desinformação, não se pode dar crédito àquilo apresentado na mídia.
Ensinamento atribuído a Winston Churchill sobre a relação entre ‘opinião pública’ e ‘opinião publicada’ alerta sobre a importância da manipulação da mídia no processo de modulação do imaginário popular e de condicionamento do comportamento das massas.
Este fenômeno (mais claro nestes tempos marcados pela crescente envergadura dos boatos e das mentiras disseminados na garupa da conectividade instantânea possibilitada pelos avanços tecnológicos dos smart fones) [este fenômeno] sempre existiu.
No passado, decorriam, quase que exclusivamente, do controle da informação pela chamada grande mídia.
Com o surgimento de cabeças como as de gente como Steve Bannon, Elon Musk e Mark Zuckerberg, no entanto, tudo mudou. Aliás, ao que parece, agora, em processo já superado, a grande mídia desistiu de concorrer com as redes sociais, aceitou a perda da hegemonia e da exclusividade e trilha um caminho paralelo e convergente para o mesmo objetivo (modular a opinião pública).
Como estão a serviço dos proprietários, das elites e dos anunciantes, os projetos de manipulação da opinião pública raramente coincidem com os interesses da população.
Pelo contrário.
Na maior parte dos casos, a manipulação da opinião pública coloca as pessoas contra os seus próprios interesses.
Veja, por exemplo, a campanha atualmente em curso contra o governo federal, que, mirando o propósito de demover o presidente Lula de disputar a reeleição, leva as pessoas a ‘atirar no próprio pé ‘, fragilizando políticas públicas que as beneficiam.
Aliás, nestes últimos tempos, em processo de ‘aperfeiçoamento’ das técnicas de manipulação, a grande mídia perdeu a compostura e passou a tratar abertamente questões que, por estarem associadas a valores negativos, antes abordadas de forma subliminar e protegidas por subterfúgios.
É o caso, por exemplo, da recente publicação pela Folha de S.Paulo de um artigo no qual, adiantando tratar-se de meta ‘moralmente correta por ser do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos, Bret Stephens defende abertamente a derrubada do presidente venezuelano Nicolas Maduro ‘mesmo que pela força’.
Por janelas como esta pode passar qualquer coisa.
Neste embalo, aonde vai chegar a Humanidade?
Talvez seja hora desse pessoal receber um freio de arrumação.
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