Você votou em Donald Trump (ou em qualquer ouro candidato norte-americano) em alguma eleição?
Não?
Se é assim, por que Trump (como qualquer outro presidente dos Estados Unidos) se acha investido na condição de ‘presidente mundial’, capacitado a meter o bedelho em todos os lugares, inclusive no Brasil?
A arrogância petulante de Donald Trump (que, diga-se de passagem, também marcou todos os seus antecessores) decorre de uma disfunção do DNA daquela gente.
Imagine que, ontem, dia 26 de fevereiro de 2025, tomando as dores das BigTechs (nas quais Donald Trump tem grandes interesses, inclusive de natureza empresarial e comercial), o governo dos Estados Unidos (repito: o governo dos Estados Unidos) saiu em sua defesa da empresa Rumble, cujo funcionamento foi proibido no Brasil, e (pasme!) distribuiu uma nota, prontamente replicada pela embaixada norte-americana em Brasília, condenando a defesa feita pelo Supremo Tribunal Federal da Lei brasileira e da soberania nacional.
Na nota arrogante e petulante, talvez esquecido já não funciona como paradigma de Democracia e desconsiderando a legislação brasileira, sem considerar os crimes por ela [pela empresa punida], o governo dos Estados Unidos (através de um tal ‘Gabinete de Assuntos do Hemisfério Ocidental do governo dos EUA) atacou a decisão do ministro Alexandre de Moraes e, com algum malabarismo verbal, disse que (pasme de novo) “bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”.
Uma nota grosseira do ponto de vista diplomático e inconsistente dos pontos de vista jurídico e político.
Aliás, traduzindo a altivez que um governo nacional deve ter, o Itamaraty foi ágil e, ainda no mesmo dia, rebateu a impertinência da Casa Branca não só manifestando surpresa com a manifestação americana “a respeito de ação judicial movida por empresas privadas daquele país para eximirem-se do cumprimento de decisões da Suprema Corte brasileira”, mas, também, rejeitando, “com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais”, e ressaltando “a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”.
A grande realidade por trás do faniquito do governo de Donald Trump é que, hoje, pela forma como vem tratando os golpistas brasileiros e [pela forma como vem tratando] as BigTecs nazifascistas que tentam desmoralizar a lei brasileira, o ministro Alexandre de Moraes converteu-se no inimigo número 1 do fascismo e dos fascistas em todo o mundo.
Sabendo que o Brasil não é a república de bananas desejada pela extrema-direita (nacional e internacional), Donald Trump deve recolher a viola e seguir para tentar entoar as suas cantorias desafinadas em outro lugar.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br