Ontem, ao ver nosso presidente Lula à frente da cerimônia que marcou o segundo ano de inesquecível Dia da Infâmia, o povo brasileiro respirou aliviado.
Embora repleta de imperfeições e carecendo muitos aperfeiçoamentos, a Democracia que funciona no Brasil é aquela que temos e, dela, não vamos abrir mão.
Temos, portanto, todos os motivos para comemorar a derrota do movimento golpista liderado por Jair Bolsonaro.
Aliás, seguindo o gradiente estabelecido pelos investigadores, pouco a pouco, a Polícia Federal está chegando a todos os golpistas.
Na primeira leva, entraram na dança os patriotários mais rasteiros – aqueles que, demonstrando estágio rudimentar de formação política, participaram ativamente das operações de invasão, depredação e saque das sedes dos três poderes e, ainda, aqueles que bloquearam estradas e lideraram os acampamentos diante de quartéis -, cuja pena média tem sido de 17 anos de cadeia.
Na segunda leva, a Polícia Federal apontou instigadores do golpe – aqueles que, eventualmente sem saber o alcance dos próprios gestos, passavam o dia no WhatsApp, disseminando fakenews, insuflando o gado e orientando as manifestações golpistas.
Mais recentemente, em 21 de novembro de 2024, num espasmo que terminou por levar o general Braga Netto à prisão e fez Jair Bolsonaro amargar uma severa disenteria, a Polícia Federal, a Polícia Federal indiciou quase quarenta ‘idealizadores’, entre os quais o próprio ex-presidente.
Agora, ao tempo que o país festeja a derrota do Oito de Outubro, o diretor-geral Andrei Rodrigues avisa que, num próximo estágio do enfrentamento aos golpistas, a Polícia Federal prepara novo relatório em complemento ao documento anterior, focando os financiadores da tentativa de golpe, devendo atingir o ‘pessoal do agronegócio e nomes ainda ocultos’.
Assustando, ainda mais, os bolsonaristas, o diretor-geral Andrei Rodrigues deixou claro que, a depender da eventual denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR), a Polícia Federal poderá fazer novas prisões até o fim de janeiro.
Nunca é demais lembrar que, tanto o procurador-geral da República, Paulo Gonet como o ministro Alexandre de Moraes abriram mão das férias a que teriam direito neste mês de janeiro.
Tique-Taque. Tique-Taque. Tique-Taque.
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