Apesar da empáfia dos seus líderes, o PSBD nunca foi o partido que diziam ser.
Desde o nascedouro, em 1988, foi uma artificialidade criada por caciques da direita travestida e civilizada para assumir o controle tupiniquim da social democracia praticada na Europa.
Quando surgiu, sequer tinha nome. Pouca gente lembra, mas, ainda sem nome, estatuto, registro e qualquer outro elemento próprio dos partidos políticos, a sigla que se formava já tinha donos, os quais, para acomodar suas vaidades exerceram sua presidência num sistema de rodízio que, nos seus dois primeiros anos, garantiu a Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, José Richa e Pimenta da Veiga seu ‘lugar na história’.
O nome – Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) – veio depois.
E, sem base social e com hierarquia condicionada à vontade dos caciques(encastelados no chamado ‘Alto Tucanato’), o PSDB tentou assumir o comando da politica brasileira.
Nunca é demais lembrar que, no oito anos que esteve na presidência do País sob comando do perverso Fernando Henrique Cardoso, ao invés de implementar a Social Democracia que dizia almejar, o PSDB praticou o mais cruel Liberalismo, sendo um dos principais agentes do movimento neoliberal iniciado pela dupla Ronald Reagan – Margareth Tatcher.
Um desastre desalmado é entreguista!
Anos mais tarde, enciumado com o sucesso do PT (que começou a implantar a social democracia no Brasil) e querendo voltar à presidência da República, o PSBD assumiu a liderança do movimento golpista e, sob o comando do playboy corrupto Aécio Neves, com a cumplicidade de Michel Temer, promoveu o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Acontece que as coisas não aconteceram como Aécio Neves e seu bando queria e, nas eleições seguintes (2018), percebendo a inconfiabilidade daquela gente e demonstrando que não gosta de golpista, o eleitorado brasileiro impôs uma derrota humilhante ao PSBD.
Aliás, nesta perspectiva, o golpismo do PSDB foi o grande responsável para emersão política da extrema-direita e eleição de Jair Bolsonaro.
Pois bem.
De lá para cá, sem o menor respeito da sociedade e do eleitor (ninguém gosta de golpista), o PSDB foi minguando a cada eleição, chegando à atual condição de ‘partido nanico’.
Bem feito! O triste destino foi merecido!
Agora, para escapar da morte por inanição, o PSDB anuncia a sua incorporação (estão usando o termo ‘fusão’, mas, na prática, se trata de uma ‘incorporação’) pelo Podemos (PODE), agremiação de centro-direita chamada originalmente ‘Partido Trabalhista Nacional’ (PTN), criada pela família Abreu (Dorival, José Masci e Renata Abreu) em 1995. para atender aos seus interesses.
Com a incorporação dos 13 deputados federais eleitos pelo PSDB e mais cinco vindos do PSC, sob a presidência de Renata Abreu, além de 401 prefeitos e de 5330 vereadores, o Podemos terá 33 deputados federais, ampliando sua fatia no desfrute do tempo de TV, e do fundo partidário, sonhando em formar federação com o Partido da Solidariedade para viabilizar uma eventual candidatura à Presidência da República nas eleições do próximo ano.
Do PSDB sobrarão cinzas e a certeza de que a história reserva um lugar na latrina para seus antigos dirigentes golpistas.
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